Verificador automático de telecomandos a infravermelhos

A generalização dos telecomandos a infravermelhos que se encontra no material de audio-vídeo e também nos reguladores de fluxo luminoso e outros dispositivos, leva cada vez mais reparadores, amadores ou profissionais, a terem de intervir nestes dispositivos. Devido à sua mobilidade e às suas pequenas dimensões, caiem muitas vezes ao chão, e se bem que a maioria seja de uma grande robustez, é muito útil possuir um meio de testar rapidamente o seu funcionamento.

Este dispositivo permite verificar que a acção numa tecla do telecomando faz gerar um sinal infravermelho. Isto pode parecer um pouco simplista mas permite verificar 99% dos telecomandos.
As avarias dos telecomandos são principalmente de dois tipos. O LED de infravermelhos e/ou os seus transístores de comando podem estar avariados, pelo que nada é emitido pelo telecomando ou então a potência de emissão é muito pequena, o que é detectado pelo nosso dispositivo.
É também frequente uma ou várias teclas não fazer contacto e, portanto, não provocar a emissão da ordem correspondente, o que o nosso dispositivo também detecta. Os casos de emissão de ordens falsas devido a uma deficiência do circuito de codificação são extremamente raros.

Esquema





Os telecomandos de infravermelhos de aparelhos tão diversos como cadeias de HiFi ou reguladores de fluxo luminoso, utilizam códigos totalmente incompatíveis entre si, mas apresentam todos em comum a circunstância de comandar os díodos emissores de infravermelhos com impulsos.
É este trem de impulsos que se detecta porque, como já se explicou, se estiver presente é mais do que provável que o telecomando funcione.
O código utilizado não nos interessa, em absoluto, e a nossa montagem pode assim testar todos os telecomandos do mercado.
O esquema é muito simples. Um díodo receptor de infravermelhos polarizado inversamente, recebe os sinais emitidos pelo telecomando a testar. Estes são aplicados a um primeiro andar amplificador de ganho muito elevado realizado com base em T3.
Os sinais disponíveis no colector de T3 tornam então condutor T2, o que faz carregar o condensador C2. Quando a tensão aos terminais de C2 for suficiente, torna T1 condutor, o que acende um LED, bem visível, que confirma o bom funcionamento do telecomando.
Tendo em conta os valores dos elementos utilizados, a montagem é razoavelmente insensível às fontes domésticas de infravermelhos.
No entanto, é preferível evitar fazer mais testes na proximidade imediata de uma lâmpada de incandescência porque os 50Hz da rede poderiam prejudicar a medida.

Montagem










Não é de prever nenhuma dificuldade. O díodo emissor de infravermelhos pode ser de qualquer tipo.
A alimentação é confiada a uma pilha miniatura de 9V cuja duração será muito longa. O consumo da montagem em repouso é muito fraco e limita-se a alguns miliamperes necessários para iluminar o LED quando do teste.
O funcionamento é imediato e pode ser verificado com todos os telecomandos em bom estado. Esta montagem permite apreciar o estado das pilhas do comando porque quanto mais gastas estiverem mais se terá de aproximar da montagem para provocar a alimentação do LED avisador.

Lista de material
Resistências 1/4W ±5%
R1 = 1KΩ
R2 = 15KΩ
R3 = 100Ω
R4, R5 = 47KΩ
R6 = 2,2MΩ
R7 = 10KΩ
Condensadores
C1 = 22μF 16V
C2 = 1μF 16V
C3, C4 = 10nF cerâmico ou mylar
Semicondutores
T1, T3 = BC547C, 548C. 549C
T2 = BC557B, 558B, 559B
D1 = Qualquer díodo receptor IV
LED1 = LED vermelho
Diversos
S1 comutador de 1 circuito 1 posição


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