Alimentação estabilizada económica

Numerosos circuitos integrados, uns mais modernos do que outros, estão à nossa disposição para realizar uma alimentação estabilizada. No entanto, foi a um modelo com mais de 20 anos que resolvemos recorrer. Esta circunstância permitirá, eventualmente, a alguns dos leitores, encontrarem este circuito integrado entre o material que possam ter na gaveta. Quanto aos outros componentes, mesmo tendo de os comprar, o seu custo é muito baixo. A nossa alimentação é regulável de 3,8 a cerca de 24 volts. Está protegida contra curto-circuitos em três valores comutáveis (15mA, 150mA e 1,5 A) mas é possível adaptar estes parâmetros às necessidades de cada um.

Princípio de funcionamento





O 723 é montado de modo clássico. A sua tensão de referência interna de 7,15V, disponível no terminal 6, é dividida por dois a fim de poder descer até cerca de 3,8 V de tensão mínima. Como o 723 só pode fornecer 150mA, alimenta T2 e T1 montados em Darlington, o que permite à nossa montagem fornecer até 1,5A sem problemas. A limitação de corrente no caso de curto-circuito, recorre a R4, A5 ou A6, comutáveis com S1. O valor desta corrente é dado pela relação Icc=0,6/A. Pode-se modificar livremente uma ou várias destas resistências para distribuir melhor os valores que mais interessarem e também acrescentar posições a S1.

Realização





O circuito impresso serve de suporte a todos os componentes, à excepção do potenciómetro de regulação da tensão e do comutador de corrente de curto-circuito. Foi previsto para uma ponte moldada, em linha, mas se se tiver à disposição quatro diodos, nada impede que se modifique o traçado do circuito impresso no que se refere a esta parte do circuito.
O transístor T1 é situado na periferia da placa de circuito impresso porque deve ser aparafusado a um dissipador cujas dimensões dependerão do uso que se vier a fazer desta alimentação. O dissipador pode ser constituído por uma face da caixa na qual se colocar a montagem. Em qualquer caso, T1 deverá ser isolado do dissipador por intermédio da mica e da anilha espaçadora.
Foram previstos vários furos para a implantação de C1 que poderá assim ser um modelo horizontal ou vertical, cujo valor pode mesmo variar de 1000 a 10000µF em função das disponibilidades de cada um.
O transformador deve fornecer 24V no secundário sob uma corrente igual à corrente máxima que se pretender fazer a alimentação debitar (1.5A, no nosso exemplo). A única precaução a ter a é que a tensão rectificada aplicada em 11 e 12 do 723 não exceda 37V que é o valor máximo admitido por este circuito.

Lista de material
Resistências 1/4W ±5%
R1, R2 = 2,7KΩ
R3 = 820Ω
R4 = 0,47Ω 1W
R5 = 4,7Ω
R6 = 47Ω

Condensadores
C1 = 1000 a 10000μF 40V
C2 = 150pF cerâmico
C3 = 4,7μF 63V

Semicondutores
PT = Ponte rectificadora 80V 2A
T1 = MJE3055 ou TIP3055
T2 = 2N2219A ou 2N2222A
IC1 = 723

Diversos
P1 = potenciómetro 4,7KΩ
S1 = Comutador 1 circuito, 3 posições
Dissipador para T1


Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Vlw, Railson.